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terça-feira, 10 de julho de 2007

Como vai a vida?




Por aqui, tudo acontece.

A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso,o sono...
Gosto da segurança mas prefiro dizer não ao tédio.
Difícil conciliar. Difícil conciliar lados tão opostos, eu que nunca fui certa.
Certezas são tão preciosas e ao mesmo tempo tão mornas, não sei se você me entende. Por isso alterno. Me alterno. Por isso choro, escrevo, invento. Vivo cá, vivo lá. Li um livro inteiro de Física Quântica, você consegue ver o universo como fórmula? Elétrons, matéria, tudo saindo e indo para um mesmo lugar? Complicado. Ou pode parecer simples, não sei. Eu quero entender o mundo, mas só consigo amar. Penso que se entendesse um pouco de mim eu entenderia mais os porquês e sofreria menos por nada. Mas eu continuo sentindo muito, intensamente, dolorosamente e sem fim. Quando dói, dói muito. Corta, rasga, machuca e sangra. Quando fico feliz, o mundo me engole, cada centímetro de pele vira universo, luz e energia. Vibra! É uma felicidade plena, uma alegria inteira, você consegue sentir meu coração daí? Então sinta! Pegue meu coração nas mãos e veja o mundo pulsar dentro dele. Ah, meu amor, esse coração me engole. Engole minhas palavras, meu desejo, me alimenta. Uma bateria de mil wolts, esse é o meu sentir. Existe uma frase linda da Adélia Prado que diz :"uma noite estrelada vale a dor do mundo". Ah, leio esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Poucas coisas valem a dor do meu mundo. Você vale a dor do mundo. Como eu me sentiria se não tivesse você? Desculpe, minha onça. Eu não sou linear. Mas sentir não é linear e isso me entorta as palavras. Sentir me cura desse mundo e com palavras me livro de rótulos e roteiros feitos. Meu querido, eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não existe começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração, vivo um meio que me parece eterno, um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu começasse a escrever minha vida, começaria assim: ...
Me entende?
Eu sei que sim.
Te agradeço.
Palavras são meu antídoto. Anti-monotonia, anti-mau-humor, anti-todo o amor que não há. Por isso hoje, especialmente hoje, acontece e tudo ao mesmo tempo vive, eu te digo: obrigada por se lembrar de mim em uma sala distante, mas você está em mim e eu em você. Porque a física me ensinou, meu coração confirmou. O coração está em eterna recuperação, mas a vida, não sei. A vida eu aceito. Aceito viver sem provas, aceito sentir sem entender, aceito meu exagero, minha saudade imensa, mas não aceito viver sem seu cafuné. TE AMO DEMAIS!Perdoa-me...


.. em todo lugar que eu olho
alguma coisa em você me chama
e não sei porquê
começo a sentir seu gosto
mesmo sem você por perto.

queria escrever pra você. queria te trazer para mim.

Post-scriptum-punk: Preferi as palavras ao Prozac.

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