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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Bom dia! (neurose)



Acordo. Lembro que preciso levantar naquele instante porque posso chegar atrasada. Atrasada? O que é exatamente estar atrasada? Ninguém manda em mim, como diria a minha amiga Heloisa. Será que ela está melhor? Preciso ligar para ela. Preciso ligar pra tanta gente.
Vou atrasar dez minutos, durmo mais meia hora. Dane-se, minha bunda anda mole mesmo. Quem me ama? Eu, minha mãe, meu pai, meus avós que morreram, o Dudu,e meus cães. Levanto finalmente. Insisto em começar com o pé esquerdo, mas piso com o direito, querendo corrigir, tropeço. Eu preciso ser rara, eu preciso ser rara, foi o que o meu amigo Victor disse.
Como ser rara se tudo o que eu mais quero é que percebam que eu existo? Mas eu não posso escrever tão subjetivamente, fica chato, fica diário de adolescente, foi o que o meu professor disse, ele sabe das coisas, eu preciso parar de escrever subjetivamente.
Escrever sobre o que então? Não escrevo por prazer não, meu filho. Escrevo para não vomitar, e eu odeio vomitar. Será que eu vou sentir enjôo hoje? Remédio pra dor nas costas ta me matando com suas reações adversas.Mas como afirmei ontem eu tenho saúde.
Hoje vou à academia na hora do almoço,fazer matricula. À noite o Dudu pode querer me ver, ou pode não querer. E eu? Quero o quê? Quero dormir mais, quero uma bunda dura e quero um F250. Ah, e quero mto amor e ser rica também.
Tomo banho. Perna grossa da porra,injeção que me deixa inchada. Atrasada de novo. Será que eu gosto de estar atrasada? Todos que me aguardem, eu chego a hora que eu quiser. Na verdade ninguém nem percebe se eu cheguei, ou não. Por que os pêlos nascem todos os dias? Depilo, depilo e eles crescem toda hora, sou um macaco, hu, hu, hu.
Por mais que eu pinte os olhos, eu sou comum, eu sou comum. Será que eu sou comum? Eu morro se eu for comum. Morro pra provar que sou diferente porque ninguém nunca se matou por ser comum. Ou já?
Eu sou mais uma, para mim, sofridamente única. Ou vocês pensam que viver num mundo próprio e egoísta é divertido? É divertido para quem não sente como eu, para quem não ama tanto as pessoas como eu.
Eu sei, eu sei que não demonstrava. Parecia fria. Por dentro manteiga. Esse papo tá me enjoando e eu não vejo a hora de vomitar essa manteiga. Sou fria então, para não ficar toda hora vomitando a manteiga que sou.
Não vou me matar não, vou correr com esse banho, senão posso ficar com alergia da água quente, e minha pele é boa, todo mundo elogia. Não vou foder o que está bom. Em time que está ganhando não se mexe.
Uma pessoa comum pensa tudo isso no banho? Tô ficando enjoada. Deixa eu me distrair, deixa eu ver uma música. Acho que não sou comum, não.
Meu novo chefe disse que eu sou louca, louca e indisciplinada. Os dois melhores elogios para o meu ego torto. Adorei ele.
Como que é aquela música da Cássia Eller mesmo? Morreu coitada. Eu só peço a Deus, um pouco de malandragem, porque sou criança. Eu sou uma criança; mãe, não me mande para a rua não, faz chá pra mim, me compra aí uma boneca nova.
Já estou quase pronta, vestida para matar, que criança que nada. Mãe, me dá aí uns reais para eu cuidar do meu cabelo na hora do almoço? A vida é muito mais fácil com uma bela escova nos cabelos.
Cabelo estranho, estranho. Vou prender com rabo de cavalo, só solto depois da escova.
Tô pronta.



Vou amar o meu dia.

E minha noite!!!hihihihih

terça-feira, 26 de junho de 2007

Vida...





A vida não está fácil. Nem para mim, nem para você, nem para ninguém. Só que hoje eu tirei o dia para agradecer. Mesmo com contas para pagar e dúvidas sobre o futuro. Eu quero colo, eu quero um amor pra ocupar o lugar, eu quero um beijo. Meu computador não funciona, o furacão katrina pegou o mundo de surpresa, as respostas não estão onde eu procuro. Eu quero paz, quero solidariedade, quero um pouco mais de respeito e quero escrever sem chorar. Eu quero tanto e preciso de tão pouco. Por isso, eu peço: alguém aí coloca um pouco de vergonha na minha cara? Porque viver é ser. E eu sou, meu Deus do céu, eu sou. Meio desajeitada, meio apressada, meio abusada, mas sou. E tenho saúde, eu tenho S-A-Ú-D-E!!! Alguém aí está me ouvindo? Me desculpa por reclamar da luz que queimou, dos vendedores de telemarketing, das pessoas que falam em gerúndio, do meu orgulho ferido que não sara, das minhas angústias. Eu não ligo. Eu não estou nem aí para coisas pequenas, emails forjados, compras que não chegam,e frases mal-feitas. Eu não estou nem aí para tudo o que possa ser consertado. Para tudo o que tem solução. Eu tenho saúde e saúde a gente não compra. Não se compra saúde no Submarino, em lojas de 1,99, não se compra saúde na Daslu. Não, gente, saúde a gente tem, a gente conserva, a gente cuida, mas às vezes... sei lá, a gente perde. Estou triste porque o mundo lá fora está doente. Uma amiga querida está perdeu o avô e eu me sinto impotente. Fazer o quê? O que eu posso fazer para diminuir a dor dessa pessoa que há mais de quinze anos só me traz alegria? O que eu posso fazer pra ver os olhos dela sorrirem de novo? Alguém me responde? Ter fé. Rezar. Ficar ao lado dela... Eu sei que situações como essa não são boas de se comentar, mas é um alerta. Para todos nós. Para todos nós que temos saúde ou que temos cura e podemos viver, ser e ajudar. Ajudar o outro, dar a mão, segurar a lanterna. Vamos viver cada minuto, vamos amar cada segundo, vamos nos preocupar com o que realmente importa. Vamos seguir aqueles conselhos que ouvimos desde crianças e não damos bola: cuide do seu corpo, cuide de sua alma, alimente seu espírito, se apaixone perdidamente por você mesma. Assim, só assim, poderemos ser gente suficiente para agüentarmos firmes quando a vida nos pegar. De surpresa.


VAMOS COMEÇAR POR NÓS...
Isso é um convite e uma opção.

Uma boa semana pra todos!