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quarta-feira, 27 de outubro de 2004


Alma leve, coraç?o feliz...

A capacidade de amar é proporcional a sua felicidade

Somente há alguns dias percebi que vinha totalmente envolvida por esse projeto. Quantos anos? Que importa? Quando a felicidade chega, ela pode até mesmo bater t?o forte que nos derruba. No meu caso, começou assim:

Algo especial? Sim, trazia em mim um desejo secreto de passar a vida a limpo. A vida interna, essa coisa de rever a qualidade das minhas relaç?es. Nem sabia ao certo como começar, nem o que fazer. Afinal, n?o sabia mesmo.

Meu coraç?o, já ensinara minha m?e há tempos, sabe todas as respostas, e tudo que eu precisaria fazer era ouvi-lo - coisa que teimava que sabia fazer, mas a vida me mostrou em seguida que n?o.

Subitamente , acordo com uma enorme dor no peito. Cresceu de tal forma que me deixou tonta e sem equilíbrio. N?o tive dúvidas, meu coraç?o dava sinais vitais de explos?o. O mosntro que existe dentro de mim estava mais uma vez vivo, e dessa vez as borboletas do meu estomago pediam freneticamente para voarem...

Porém depois de um fim de semana incerto e duvidoso, a cortina da vida caiu e vi tudo claro e nitido em minha frente, é dificil enfrentar a verdade, mas no colo dos anjos fica mais facil...

Chegou a certeza, muitos dias depois, que só havia uma coisa a fazer: manter a paz e a leveza.

Chamei a isso projeto felicidade. Dali pra frente, nada mais importaria do que meu coraç?o manso, a alegria de viver cada minuto sem contabilizar o tempo, numa aliança muito íntima entre o Criador e eu, que veio de vez pra restaurar em mim a única verdade: estamos aqui pra cultivar a felicidade.

E o que é isso? Primeiro saber de fato que a vida é uma viagem, todos s?o parte de um todo e tudo faz parte de um encontro só e somos todos companheiros de caminho. Vale seguir ligada apenas ao ritmo manso no peito que é o mesmo pulsar da Terra, da sinfonia das estrelas e de qualquer galáxia.

Há para isso uma receita muito simples: primeiro sentir, saber o poder do sim e fazer dele seu instrumento de viver. E isso tem a ver com se comprometer a estar inteiro em cada sorriso, em cada café da manh?, em cada bom dia, em cada olhar, em cada respiraç?o.

Saber - e saber mesmo - que voc? é especial por que é único. Que tudo é mágico, e nisso reside a paz e o segredo de olhar pra tudo com o olhar de poeta, aquele que contempla a admira, jamais julga.

Lembrar sempre que a mentira é o deslizar para a desonestidade e essa é a passagem para o afastamento do essencial.

N?o esquecer que manter a humildade e a gratid?o por vibrar por qualquer coisa é também fundamental.

Na felicidade n?o há o certo e o errado, o melhor e o pior, n?o há a comparaç?o, há apenas a leveza do momento presente e a entrega e ele.

A felicidade é o milagre que revela a verdade sob todas as coisas e testemunha que tudo é por si um milagre, que tudo é graça. A felicidade está disponível pra todos como o maná dos deuses que assim se fazem por que assim se sentem. E só há uma pessoa capaz de fazer com que isso aconteça e permaneça: voc? mesmo.

Esse é meu projeto. Sem planos, sem traçados rígidos, um caminhar silencioso e gostoso, como o ato de amar, com a força que faz com meu coraç?o dance e n?o precise mais desesperadamente sair de meu peito por estar desabitado de minha alma que é doce e mansa e traz em si o maior dos gifts: a capacidade de colecionar amores e se sentir plena por essa habilidade.
 Posted by Hello

segunda-feira, 25 de outubro de 2004


Quatro historinhas da alegria
E um final feliz
Alegria, alegria.
Alegria, alegria. Foi o que o DJ gritou, bem na hora que ele se aproximou para dançar comigo. Sim, ele era encrenca, das boas. Das boas? Alegria, alegria. Mais um copo de champanhe pra mim, mais outro de whisky pra ele. Alegria, alegria. Das boas deve ser uma com esse homem. Encrenca. Alegria, alegria. Eu estava assim, ele também. Que se dane o resto. O DJ, que comandava a festa, tinha mandado. Eu sabia o que estava fazendo, ele também: estávamos fazendo uma coisa errada. Alegria, alegria. Que tontura boa, vou me agarrar nele. Mas é só pra n?o cair, que desculpa boa. Boa? Eu estava me sentindo assim. Alegria, alegria.
Alegria, alegria?
Várias primeiras vezes para mim. A primeira vez que liguei para reservar um restaurante. A primeira vez que fui a um restaurante japon?s. A primeira vez com pauzinhos (aqueles) e peixes morbidos num molhinho doce. Gostei dos enroladinhos de arroz. Gostei do saqu?. Gostei da luz, dos olhos dele. Gostei que estava me encantando, gostei de n?o poder me encantar e mesmo assim estar me encantando. Alegria, alegria. Eu n?o pensava em mais nada. Qual foi a última vez que alguém pediu minha m?o antes de simplesmente enfiar a própria dentro da minha blusa? Fazia tanto tempo que aquele beijo me pareceu o primeiro também, depois de muito tempo. Meu Deus, eu n?o podia gostar dele. Alegria, alegria?
Nada de alegria, alegria.
Alegria, alegria. Foi o que ele me pediu, quase me chamando a atenç?o, dá penúltima vez que foi embora com pressa.
Apesar de todo esforço, meu poder era uma ilus?o. Apesar do desprendimento, eu me enganava o tempo todo. Apesar de toda aquela loucura, eu precisava da porra do romance e da porra do tempo calado para sentir prazer.
Daí vinha a sensaç?o de que sem amor eu era apenas usada. Porque sem poder nenhum depois do horário da recomposiç?o, sem tempo de sobra para relaxar o cérebro maluco e sem sonhos para o futuro, eu n?o ia muito além do tes?o superficial. Em respeito a quem tá com preguiça de entender o que eu estou querendo dizer, vamos direto ao assunto: mesmo ele sendo lindo, gostoso, carinhoso, eu n?o gozava. Nada de alegria, alegria. Ele fecha a porta e volta para sua vida real. Para os dois, porque ele n?o era egoísta: tristeza, tristeza.
Alegria, alegria
Alegria, alegria. Eu me implorava. E dá para sentir isso o tempo todo? Eu me cobrava tanto ser feliz que ?s vezes perdia a noç?o de que já era. Fugir da felicidade ou fugir com ela?
Num ímpeto de tes?o, ou talvez após um trabalho de consci?ncia confusa que, por preguiça, acabava se decidindo impulsivamente, respondi ao e-mail dele: sim, senhor. Vamos para onde o senhor quiser, a hora que desejar e na posiç?o que preferir.
Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando ?s margens de um mar de espumas. Nem tudo precisa ser romance tuberculoso. Sim, eu tossi. Mas foi porque engasguei com outra espuma. Espuma de banheira, com teto solar. Ele, batatas fritas e queijo quente. Pratos prediletos. Alegria, alegria, muita alegria. Dedos enrugados, água no ouvido, m?o no coraç?o. Numa mistura de nojo da água com prazer da água. Numa mistura de romance com sacanagem. Numa mistura de piadas e breves assuntos sérios. Sim, estou fazendo poesia, mas n?o é para rimar e nem chorar. Gozar? Nem vou dizer quantas vezes. Alegria, alegria.
Minhas conclus?es pessoais, mas voc? pode ter as suas:
Alegria 3x1 Tristeza. Alegria sempre vence no final. Tristeza promete revanche. Quem disse que mulher n?o gosta de jogo? Em time que tá ganhando, n?o se mexe. A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas n?o é pra tentar ser feliz que a gente vive?


 Posted by Hello