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sexta-feira, 22 de outubro de 2004


Carta para o homem que morreu e um pouco de verdade viva
Colunista mata namorado antes que amor acabe
Voc? pensa que eu n?o sei?
Eu sei que tenho soluçado risos nervosos por aí. Sempre um por aí perto dos seus ouvidos.
Tudo para voc? ver o quanto eu me divirto, o quanto sou charmosa. Para voc? lembrar de como a gente se diverte, com a minha risada, com a sua.
E eu grito um pouco rindo, eu sei disso também. Que é para voc? lembrar de quando eu sinto prazer. De quando voc? me dá prazer.
Eu passo quieta por voc?, voc? passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz.
Voc?s pensam que eu n?o sei?
Escova no cabelo todos os dias, lápis nos olhos, perfume de morango. Eu sei, eu sei, a paix?o é ridícula.
Sei que n?o cumpro o que prometo com olhares de mulher. Pois é, eu sou uma menina. Surpreso? Eu n?o.
Voc? está surpreso mesmo? Achou que era uma mulher te instigando para fugir da lógica? Isso é coisa de criança.
Lógica? Que se foda a lógica.
Eu n?o tenho tes?o nenhum em separar o certo do errado. Espero n?o aguentar mais a dor do caminho errado para mudar de vida, é só isso que acontece.
E o caminho certo também n?o me dá muito tes?o n?o.
Menos aquele que a gente fez para fugir, menos aquele que a gente fez para se pegar, se entrar, parar de pensar em sentir e sentir de uma vez.
E a inspiraç?o para escrever Meu Deus! Foi para onde?
Foi para o mesmo lugar da minha outra paix?o esquecida. O homem para o qual dedico este texto.
Aquele que tirei do pedestal e nunca mais coloquei em lugar nenhum.
Foi para depois. Depois que eu resolver o que é verdade, o que é de verdade.
Voc? pensa que eu n?o sei que voc? sabe que eu estou mentindo? Eu sei.
Quer um pouco de verdade? Leia o começo deste texto, n?o é sobre voc? que eu escrevo n?o.
Essa é a verdade, mas voc? me ensinou que ela n?o é necessária.
Eu sei bem. E sei que voc? mente também. E sei que a gente se atura porque perder pessoas é muito triste.
Por mais que voc? n?o venha me encoxar no meio da noite, n?o me agarre no corredor, n?o jogue a porra do controle remoto para longe, n?o fale no meu
ouvido o quanto voc? está precisando me comer naquele momento. Por mais que voc? n?o seja esse homem, voc? respira quietinho ao meu lado enquanto dorme, lindo.
E quando voc? dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu n?o abalar sua vida em nada, voc? precisa de mim.
E voc? já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora voc? morreu.
Mas eu continuo vendo voc? respirar, quietinho, ao meu lado.
A verdade é que eu ainda acredito em reencarnaç?o.
E eu te olhei tantas vezes implorando. N?o morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me v?.
Mas voc? nunca mais me olhou quase chorando, voc? nunca mais se emocionou, nem a mim.
Voc? nunca mais pegou na minha m?o e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena.
Eu treinei viver sem voc?, eu treinei porque voc? sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de voc? para estar feliz.
De tanto treinar acostumei.
E cad? a inspiraç?o? Foi embora junto com a minha pureza, a minha crença, a minha fidelidade.
Eu sou comum, igualzinho a voc?, a voc?s. Eu cometo erros mesquinhos e sou capaz de grandes momentos.
Para cada grande momento, milhares de erros mesquinhos no ar, no lençol, no ralo de um banho cheiroso.
Para cada fundo do poço, milhares de motivos de perd?o boiando, bóias de coraç?o para eu me agarrar.
E eu nunca me agarro em mim, sempre espero alguém chegar.
Eu n?o queria ter ido t?o longe. Nem seguido um que n?o posso, nem aturando outro que nunca pude.
Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e n?o dos meus medos.
O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre.
Para dar tempo de eu ser para sempre.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei voc?.
Antes que eu morresse de amor. Matei voc?.
Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu n?o.
Desculpa, eu tinha prometido nunca mais escrever t?o subjetivamente.
Te amo, viu?
Voc? renasceu de novo.
Eu sei que sou louca.
Louca e covarde.


 Posted by Hello

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