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segunda-feira, 13 de dezembro de 2004


O cenário: um boteco. Personagens: uma turma. O enredo: papo e cerveja. Lá pelas tantas, alguém levanta a quest?o mais batida e menos respondida deste século: o que é pior, nunca ter amado, ou ter amado e perdido o amor?

As opini?es se dividem, mas n?o em partes iguais. A maioria acha que é mil vezes melhor ter amado ao menos uma vez do que passar a exist?ncia inteira sem saber o que é receber um beijo apaixonado, nunca ter sido importante para alguém, nunca ter provocado uma saudade. Muitos concordam que é preferível ter vivido um grande amor, mesmo que depois tenha padecido no inferno por perd?-lo, do que nunca ter amado.

No entanto, muitos dos que est?o na rua da amargura, desolados com a aus?ncia do seu amor, prefeririam nunca terem estado apaixonados: abririam m?o da paix?o e da dor, escolheriam uma vida anestesiada, sem beijos, mas também sem lágrimas. Acreditam que o desespero da perda n?o paga um amor tipo "infinito enquanto dure", porque geralmente dura pouco, e as lembranças pra nada servem, a n?o ser causar mais dor.

Façam suas apostas. Da minha parte, prefiro perder o que tive do que nunca ter tido: estamos aqui para vivenciar, aprender, dar-se bem e dar-se mal. N?o somos zumbis, robôs, Ets. Caímos no mundo e nele temos que nos virar.

Muda o placar quando o assunto é dinheiro: o que é preferível, ser pobre para sempre ou passar uma temporada como rico e depois perder tudo? Será melhor passar a vida inteira com seu arrozinho com feij?o, futebol aos sábados e Silvio Santos aos domingos, ou ter tido a oportunidade de passar férias em Angra, andar de lancha, tomar champanhe, morar numa cobertura com piscina, ter todas as roupas que sonhou, mesmo que um dia tudo isso evapore e tenhamos que voltar a passar a p?o e água?

A maioria, acredito, iria preferir n?o sentir o gosto do bem-bom e ficar com seu arrozinho com feij?o, que também tem o seu valor. Champanhe, lancha e roupa de grife n?o s?o essenciais como o amor, pode-se passar sem eles para sempre e ainda assim ser muito feliz. O máximo que uma temporada na ilha da fantasia pode nos trazer é uma certa revolta em voltar para o barraco de onde nunca devíamos ter saído. Quem perde um amor, sofre mas conforma-se. Quem perde dinheiro, sofre e corrompe-se.

Amor, que a gente tenha nem que seja por um dia. Dinheiro, que venha para sempre ou fique onde está.
 Posted by Hello

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